Eu não acredito que o
ex-presidente Lula Luiz Inácio da Silva pressionou o ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, para adiar o julgamento do mensalão –
aquela sofisticada organização criminosa do PT, segundo a Procuradoria Geral da
República, chefiada pelo José Dirceu.
Não acredito na reportagem
da revista Veja – segundo a qual a conversa teria ocorrido em um encontro
casual no escritório de advocacia do ex-ministro da Defesa Nelson Jobim.
Não acredito que Lula disse
que o julgamento do mensalão agora seria “inconveniente”, porque a decisão
poderá influenciar o resultado das eleições deste ano. Não, não acredito que
tenha feito ameaça velada ao ministro Gilmar, em troca de suposto apoio na
Comissão Parlamentar de Inquérito do bicheiro Carlinhos Cachoeira, por causa de
um encontro em Berlim, entre Mendes e o senador Demóstenes Torres, investigado
na CPI.
Eu não acredito que Lula
comanda o engonço dessa CPI do Cachoeira, chefiada por seu agora amiguinho de infância,
Fernando Collor, aquele que por pouco escapou de um impeachment só deus e o
brasileiro memorioso sabe por quê.
Tudo bem que eu acredito
que o ministro Gilmar Mendes, constrangido por Lula, tenha lhe dito para ir
fundo na CPI, mas não acredito não seja esta a vontade de Lula.
Aliás, eu não acredito que
essa CPI do Cachoeira é só mais um engodo para desviar o foco do mensalão como
não acredito que o tal Cachoeira é amigo de tutti quanti e seja boi de piranha
dessa pataquada para tentar impedir que o bando de mensaleiros pague por seus
crimes na Justiça.
Falar em Justiça, também
não acredito que só porque a maioria dos ministros do STF é indicada pelo
camarada Lula o julgamento do mensalão vai sendo arrastado em passo de lesma
lerda, para não ser decidido em ano eleitoral e dar na prescrição-prêmio dos réus.
Não. Eu não acredito que
essa chicana toda possa ser respaldada pela Suprema Corte de Justiça. Nem
acredito que o Lula falou, durante o encontro com Gilmar Mendes, que “O Zé
Dirceu está desesperado.” – até porque o Zé, eu, você, eles, nós sabemos que a
Justiça nesse país não é do tipo “apertou,
afrouxe, oi, eu acho que é tudo deboche, aqui tudo se leva no bico”.
Eu não acredito que essa
turma esteja convencida de que todos os brasileiros – com exceção daqueles que
levam o $eu para dar testemunho e fé nessa carocha toda – sejam tão idiotas,
tão bananas de mesmo cacho.
Nem meu amigo, o ET de
Varginha, que está aqui, ó, doidinho pra dar um alô.
Caro Juarez, você anda muito descrente rs: "no creo en brujas, pero que las hay, las hay".
ResponderExcluirFaço minhas as palavras do amigo Rodolfo Euflauzino...
ResponderExcluiradoreio E.T
Nubia Maria
Rodolfo, meu caro, em tempos bruxuleantes, até ceticismo é macumba. A mula sem cabeça também acha que isso non ecziste...
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