A
expressão, conta o historiador Câmara Cascudo, deve-se a Joana I, rainha de
Nápoles e condessa de Provença, que viveu na Idade Média. Teve uma vida
atribulada e consta que passou a residir em Avignon, na França, por ter se
envolvido em uma conspiração em Nápoles, da qual resultou a morte de seu marido
André. Dizem outros que foi na verdade exilada pela Igreja, por causa de sua
vida desregrada.
Em
1347, aos 21 anos, Joana regulamentou os bordéis de Avignon. Determinou que o
lugar tivesse uma porta por onde todos pudessem entrar.
Transposta
para Portugal, a expressão paço-da-mãe-joana virou sinônimo de prostíbulo.
Trazido para o Brasil, o
termo paço, por não ser da linguagem popular, foi substituído por casa e
casa-de-mãe-joana serviu, por extensão, para indicar o lugar ou situação em que
cada faz o que quer, onde impera a desordem, o vale-tudo. Uma variante chula da
expressão é cu-da-mãe-joana.
O termo também indica que
tal casa não possui janela nem porta, onde todos entram e saem sem pedir
licença, imperando, portanto indisciplina e desrespeito.
Conta-se que nos tempos do Brasil Império, durante a
menoridade do Dom Pedro II, os homens que mandavam no país costumavam se
encontrar num prostíbulo do Rio de Janeiro. Como esses pais-da-pátria mandavam
e desmandavam no país, a frase "casa-da-mãe-joana" ficou conhecida
como sinônimo de lugar em que ninguém manda e salve-se quem puder.
Em
1960, a
Casa da Mãe Joana, digo, a capital do país foi transferida do Rio de Janeiro
para Brasília.
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