quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Um programa legal!

Brasileiros Honestos já têm compromisso agendado para o Dia 7 de Setembro. Eles sabem que não adianta protestar apenas na internet. O grito, agora, é nas ruas. Por isso, o Brasil Que Presta já se mobiliza para mostrar sua indignação.
Quem não aceita a ladroagem e entende que já passou da hora de dar um basta à corrupção, mãe e madrasta de todas as desgraças deste país, com certeza vai participar das várias manifestações programadas pelo Brasil afora.
A ideia é promover uma mobilização pacífica, civilizada, apartidária. É chegada a hora de tomar o partido da Ética. Então, nada melhor do que um programa legal: dentro da legalidade e em nome da lei para todos, contra a roubalheira e a impunidade.
Foi com a mobilização popular que o Brasil resgatou a democracia e conquistou o direito ao voto livre e direto. Agora, é o tempo de acordar o país para fazer valer essa conquista, sem dar trégua aos assaltantes do dinheiro público, traidores do povo e da democracia.
Em Belo Horizonte, o protesto acontecerá no dia 7 de setembro, a partir de 12 horas, na Praça da Liberdade.
Outra grande mobilização está prevista para o dia 20 de setembro, na Cinelândia, no Rio de Janeiro.  
Confira, aqui, no site Brasil + Ético, os eventos Anti-Corrupção já programados. 

domingo, 28 de agosto de 2011

Noves fora, zero para a Educação!


Mais quero asnos que me carreguem que cavalo que me derrube. Essa doutrina impera em feudos maranhenses, mas já galopa pelo Brasil da Era Lula, cujo legado é o país da douta ignorância. Que segue diplomando analfabetos funcionais e concede título de doutor honoris causa ao patrono da gandaia. 
Um vexame nacional: esse é o resultado da Prova ABC sobre a alfabetização no país, onde só 32% dos alunos das escolas públicas sabem somar e subtrair. Em nível de leitura, então, vá medir o tamanho da vergonha (basta clicar aqui).    
Ao cabo e ao fundo (sem diferir entre forma e fundo) vai-se instituindo a ignorância como (d)efeito a justificar cotas e bônus para estudantes contra a virtude do mérito de alunos que realmente estudam. 
Nesse trotar, improvável é o futuro do eterno país do futuro. Que o diga a Prova ABC. Mas já se vislumbra, por aí, quanta firmeza de opinião reservam esses brasileirinhos, e-leitores do Brasil de amanhã. A confirmar nas urnas o analfabeto político e o político analfabeto, sob as rédeas da corrupção do populismo trotador, upa!, upa! 


quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Eu só duvido vendo


Quem não tem colírio e usa óculos escuros, escutou dona Dilma Rousseff, no lançamento do plano Brasil sem Miséria (veja aqui), ressaltar a participação dos governadores no combate à pobreza e declarar em relação aos escândalos que Lula deixou-lhe como herança:
"Quero reafirmar a importância do pacto que firmamos hoje. É o Brasil inteiro fazendo a verdadeira faxina que esse país tem que fazer: a faxina contra a miséria".
A ideia de faxina veio de encomenda da imprensa. A tal faxina não é assim uma Brastemp. Dona Dilma só faz espanar a poeira sem varrer o pó. Bota um lixinho para fora, mas retém o entulho dentro do governo.
A dita faxina é um embuste. Só tolo não vê. Só conivente acata. Dona Dilma não tem um plano de combate à corrupção (até porque é refém dos corruptos  avalizados por Lula). Não tem posição definida quanto aos fatos. Apenas  diz não se deixar pautar pela mídia. Mídia, no caso, entenda-se a minoria de uma imprensa livre fazendo o papel de dedo indicador ao denunciar a sujeira. O resto levanta o polegar. Ou o usa para bater o chamegão chapa-branca do jornalismo analfabeto político.
Falemos de faxina quando o bandido estiver na cadeia, a sentença transitar em julgado e o dinheiro surrupiado voltar aos cofres públicos. Não há faxina de miséria enquanto o governo não se limpa da corrupção parideira de todos os males, a miséria moral inclusive e principalmente.  
No caso de dona Dilma Rousseff, limpar-se da corrupção significa romper com os desvios do passado podre que Luís Inácio deixou-lhe em mãos. Se tal ruptura acontecer, me avisem. Enquanto isso, faxina é o escambau. O que há é uma velha modalidade de burla: demite-se o ladrão ou espera-se que ele peça demissão. Como se esse ato de confissão de culpa limpasse a ficha e o ambiente infectado pela corrupção acumulada nos batentes da imoralidade político-administrativa  escondida por Luís Inácio sob o tapete de seus dois mandatos. Com a qual entronizou sua sucessora.
Se dona Dilma Rousseff quiser mesmo fazer faxina, sabe muito bem por onde deveria começar. É uma questão de, digamos assim, prendas domésticas do Planalto. Mas aí eu só duvido vendo.

Lembranças do pai de todos os escândalos

AUGUSTO NUNES
Relator do processo do mensalão, o ministro Joaquim Barbosa informa que o prazo para a prescrição do crime de formação de quadrilha começou a ser contado a partir da aceitação pelo Supremo Tribunal Federal da denúncia da Procuradoria Geral da República. Nenhum dos acusados, portanto, poderá valer-se desse trunfo legal para escapar do julgamento previsto para março de 2012. O companheiro José Dirceu, por exemplo, não será julgado apenas por corrupção ativa. O STF terá de decidir o que fazer com o chefe da organização criminosa.
As lembranças do mensalão escavadas pelos repórteres Aiuri Rebello e Fernanda Nascimento, reunidas na seção História em Imagens, ajudam a refrescar a curta memória nacional. E reafirmam que o desfecho do processo que trata do pai de todos os escândalos da Era Lula dirá se o Brasil está a caminho do mundo civilizado ou do tempo das cavernas.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

O futuro da nação

Universitários do País leem de 1 a 4 livros por ano
Na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), 23,24% dos estudantes não leem um livro sequer durante o ano. De uma forma geral, a maioria dos universitários brasileiros não vai muito além disso: lê, em média, de uma a quatro obras por ano. É o que revela levantamento exclusivo feito pelo jornal O Estado de S.Paulo a partir de dados divulgados pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).
Numa realidade diametralmente oposta, os estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) são ávidos por leitura: 22,98% deles leem geralmente mais de dez livros por ano. No Maranhão, um dos Estados mais pobres do País, esse índice é de apenas 5,57%.
No início do mês, a Andifes divulgou pesquisa feita com 19.691 estudantes de graduação de universidades federais de todo o País, apresentando números consolidados do panorama nacional. A partir do cruzamento de dados, foi possível mapear e distinguir os cenários regionais no tocante a hábitos de leitura, frequência a bibliotecas, domínio de língua inglesa e uso de tabaco, álcool, remédios e drogas não lícitas.
A UFMA, que lidera o ranking dos universitários que não leem nada, ficou em quarto lugar entre os menos assíduos à biblioteca da universidade – 28,5% dos graduandos não a frequentam. O primeiro lugar nesse quesito ficou com a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio): metade de seus alunos esnoba o espaço.
Agência Estado (13.08.2011)

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Morte anunciada

Enquanto a Justiça do Brasil, em todos os níveis e instâncias, não se decidir, por medida saneadora, enquadrar nos rigores da lei a pior categoria de bandidos do país – ladrões de colarinho branco, mensaleiros & chefões da máfia que “não sabem de nada” – o alvo das arraias será sempre a própria Justiça.
Simples, assim.
Não tão simples, porém.

sábado, 13 de agosto de 2011

Os últimos momentos da vida

O cineasta Paul Kroeker filmou a morte de uma libélula, caída no deck de sua casa. O resultado é este curta-metragem, em que a beleza e a efemeridade da vida se fundem no desconcertante olhar do inseto em seus momentos finais. A nos devolver, talvez, uma esperança pungente. De voo.

Para fingir que vai de limusine quando baixa o camburão

Sugestão de modelito para quem anda incomodado com a tendência das algemas em larápios de uma estirpe que, segundo defende Lula, o camelô de in-conveniências, não são “um bandido qualquer”. Claro que não são. Lula fala com conhecimento de causa, afinal foi quem os apadrinhou em seu governo e deixou como herança para sua sucessora. Lula e Dilma agora dizem ser constrangimento a ação da Polícia Federal que prendeu 35 elementos de uma quadrilha especializada em assaltar cofres públicos. Para Dilma, então, é "inaceitável"  o vazamento das fotos dos presos. Se assim é, aí vai, no estilo máfia brega-chique à brasileira, tudo ao gosto da turma da mão leve que não reconhece a algema como o acessório mais brilhante da temporada:

O paper bag na cabeça é a peça principal desse traje. Evita o constrangimento da exposição pública, com a vantagem de poder variar o desenho, costumizado a gosto do freguês, além de esconder as rugas e imperfeições nas imagens exibidas em HD. Pode ser apresentado nos modelos “Sorria, você está sendo filmado”, “Qualé, qual foi, por que que tu tá nessa?”, “Cara de pau” ou na versão “Imagem Pixelada”, a mais indicada para cenas tão impróprias. Outra opção é “Você escolheu errado o seu super-herói”, para não causar pânico às criancinhas que estejam diante da tevê ou possam se identificar com as imagens e tentar fazer o mesmo em casa. 
O casaco de bolsos amplos permite guardar o telefone celular para contratar bons advogados e acionar as influências políticas, além de algum dinheiro para a eventualidade das propinas, agrados e gorjetas. Cabe também um frasco de óleo de peroba, para retocar a maquiagem e hidratar a pele.
O lencinho no bolso é um charme indispensável, com uma utilidade específica, enxugar as lágrimas de crocodilo. Quanto à calça, qualquer combinação serve para esconder o rabo preso, desde que não se deixe pegar com as calças na mão.
O sapato de verniz ajuda a deslizar no passo elegante, bem ao estilo “lixando e andando” para a Justiça, a opinião pública e essa gentalha mané, fácil de enganar e roubar, que elege meliante de fina e grossa estampa.  
As mãos livres e os movimentos amplos dão o tchan do visual, ostentando a (im)postura fashion de quem tem culpa no cartório, mas quer posar de bacana e fingir que vai de limusine quando baixa o camburão.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Velho novo diálogo

Diálogo entre Colbert e Mazarino durante o reinado de Luís XIV, extraído da peça de teatro Le Diable Rouge, de Antoine Rault. Colbert foi ministro de Estado e da economia do rei Luís XIV. Era o administrador da fortuna de Mazarino, cardeal e estadista italiano que serviu como primeiro ministro na França, um colecionador de artes e joias, principalmente diamantes.
“Colbert: Para encontrar dinheiro, há um momento em que enganar [o contribuinte] já não é possível. Eu gostaria, Senhor Superintendente, que me explicasse como é que é possível continuar a gastar quando já se está endividado até ao pescoço…
Mazarino: Se se é um simples mortal, claro está, quando se está coberto de dívidas, vai-se parar à prisão. Mas o Estado… o Estado, esse, é diferente!!! Não se pode mandar o Estado para a prisão. Então, ele continua a endividar-se… Todos os Estados o fazem!
Colbert: Ah sim? O Senhor acha isso mesmo? Contudo, precisamos de dinheiro. E como é que havemos de o obter se já criamos todos os impostos imagináveis?
Mazarino: Criam-se outros.
Colbert: Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.
Mazarino: Sim, é impossível.
Colbert: E então os ricos?
Mazarino: Os ricos também não. Eles não gastariam mais. Um rico que gasta faz viver centenas de pobres.
Colbert: Então como havemos de fazer?
Mazarino: Colbert! Tu pensas como um queijo, como um penico de um doente! Há uma quantidade enorme de gente entre os ricos e os pobres: os que trabalham sonhando em vir a enriquecer e temendo ficarem pobres. É a esses que devemos lançar mais impostos, cada vez mais, sempre mais! Esses, quanto mais lhes tirarmos mais eles trabalharão para compensarem o que lhes tiramos. É um reservatório inesgotável.” 

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Acho que fumei um abacaxi

O Brasil é um modelo de paz, democrático e justo, fiscalmente equilibrado e robusto.
Acho que fumei um abacaxi.
Ou apenas li declaração de dona Dilma Rousseff, do PT? Não é piada. Quem quiser ler a declaração na íntegra, basta clicar aqui. Assim falou DR ao primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper, em visita ao Brasil. Harper, com certeza, acreditou em tudo e retornou impressionado àquele paiseco que anda pela crista do Índice de Desenvolvimento Humano global. Acreditou tanto quanto nós que aqui estamos sabemos todos que é a mais pura... verdade.
Neste modelo democrático de justiça e paz, não foram registrados 500 mil homicídios, só na última década. Uma média de 50 mil assassinatos por ano, cujas vítimas, em maioria, são jovens de 15 a 24 anos. Aliás, aqui não se morre no trânsito, nem de susto, de bala ou vício.
Neste modelo democrático de justiça e paz, onde não existe corrupção nem roubalheira PaTrocinada pelos “donos” do poder, e cuja carga tributária é a maior do planeta, só não se vive melhor do que em Cuba, aquele ideal republicano de democracia hermana.
Neste modelo democrático de justiça e paz, segurança pública, polícia e  Judiciário Independente funcionam harmoniosa e celeremente, sempre em defesa do cidadão e no combate ostensivo ao crime organizado. Prova disso é que todos os mensaleiros deste país estão na cadeia.
Neste modelo democrático de justiça e paz, corruptos não são apenas demitidos dos cargos após flagrante delito de enriquecimento ilícito e apropriação indébita. São presos, julgados e condenados dentro do devido processo legal, sem a safadeza da imunidade parlamentar e do foro privilegiado.  Cada centavo surrupiado é devolvido integralmente aos cofres públicos. De onde  a grana só sai para garantir a todos os brasileiros, sem exceção, saúde, educação, transporte, serviços públicos enfim só comparáveis aos da Noruega.
Neste modelo democrático de justiça e paz, o cidadão pode esquecer o carro estacionado na porta de casa, sem seguro e sem alarme, confiante de que lá estará, ao voltar. Pode sair à noite e depois de horas retornar, tranquilamente caminhando pela cidade. Pode dirigir sem estresse pelas estradas do país, amplas, muito bem sinalizadas, em excelente estado de conservação, jamais subdimensionadas para a quantidade de veículos. Crise em aeroportos? Não existe.
Neste modelo democrático de justiça e paz, não há greves nas escolas e universidades públicas, a educação ocupa as melhores posições no ranking mundial e não faltam candidatos ao prêmio Nobel nas diversas áreas, principalmente em ciência e tecnologia.
Neste modelo democrático de justiça e paz, os serviços de saúde do SUS nivelam-se ao tratamento de um hotel cinco estrelas, sem que o contribuinte necessite pagar plano de saúde.
Neste modelo democrático de justiça e paz, os direitos humanos...
...chega.
Não vou aqui matar de inveja o resto do mundo, decantando as ma-ra-vi-lhas dessa Terra da Promissão, a Canaã dos Trópicos, onde jorra leite e mel. O cúmice do ápice da República do Engenho e da Arte.
Que só existe na mente cínica e desavergonhada de quem recita ao vento o ditirambo lulopetralha.

domingo, 7 de agosto de 2011

A norma do insensato coração e a usina de sonhos ou O desmemorioso no espelho

Indignação e revolta. São esses os sentimentos que, leio num troço qualquer, nutre o respeitável público pela personagem Norma, na pele da atriz Glória Pires, da novela global “Insensato Coração”. Traída na trama pelo bandido Léo, bandida que nem, segue Norma apaixonada e recaída por ele. E o público ainda torce para que a moça não se deixe engabelar de novo e vá de final feliz.
Já afirmou-se aqui, as novelas são pedagógicas. Muito pior que a ficção é a vida real. Difícil porém é mirar-se na realidade, espelho de visões e valores distorcidos. Identificar-se com uma personagem a ponto de esquecer e perdoar seu desaire, deslizes e desvios, como se narrassem os folhetins a vida dos santos e as proezas dos beatos, eis a questão. Talvez, a explicar a reincidência de sucessos televisivos e fracassos retumbantes na vida como ela é.
As novelas, embora espelho baço da vida nacional, mobilizam o país mais, bem mais do que deveriam. Até o escritor Carlos Drummond de Andrade, atento ao diletantismo dessa demanda artificial ao sul do Equador, ocupou-se do fenômeno. Em 1977, diante do sucesso da novela “O Astro”, atual remake da Rede Globo, CDA recomendou ao país cuidar da vida após o último capítulo da história – que parou o Brasil com o mistério da morte de Salomão Hayalla e foi manchete de primeira página dos jornais. A Janete Clair, a autora, o poeta concedeu, com justiça, o título de “usineira de sonhos”.
A usina de sonhos brasileira gira moendo a bagaceira da vez. Se não distrai, instrui. Se não engana, estabelece. Ou tudo isso no mesmo enredo. A novela devolve ao telespectador a imagem de um Narciso desmemorioso, uma versão de Funes decalcada de um simulacro macunaíma. Funes, personagem da obra “Ficções”, do escritor Jorge Luis Borges, tem memória prodigiosa, mas é incapaz de pensar. Como é incapaz certo tipo telespectador, positivo inoperante, de encarar na máscara da Medusa o escudo de suas próprias vilezas.
Norma, a de insensato coração, é mulher de bandido. Apanhou dele, mas gostcha mucho!, ama e perdoa.
Norma é o/a eleitor/a brasileiro/a que elege bandido, sofre, apanha, jura vingar-se, depois reincide na insensatez da reeleição canalha.
A exceção não tem estreia prevista.
A exceção, utopia das utopias, quem sabe um dia.
Até lá, haja novela, coração.

sábado, 6 de agosto de 2011

Dos contos do reino

A Rainha de Jabá sentou-se ao trono no salão vazio.
Do mais fundo profundo de seus eloquentes muxoxos reais, incomodada tão só e apenas pelo dissabor a lhe causar a dobra do manto presa ao rego de seu gordo traseiro suado, e pelas assaduras do trono, que bem se aliviariam com o milagroso unguento da banha de cobra, pensou afinal com seu botão, o próprio: brincar de marionete é fácil, duro é ter de aguentar o engonço do cordel no cangote... Humpf!

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

O Desconcerto do Mundo

Os bons vi sempre passar
No mundo graves tormentos;
E, para mais me espantar,
Os maus vi sempre nadar
Em mar de contentamentos.
Cuidado de alcançar assim
O bem tão mal ordenado,
Fui mau, mas fui castigado.
Assim que, só para mim
Anda o mundo concertado.
(LUÍS VAZ DE CAMÕES)
(Do Blog Dragoscópio, Escrito no Nevoeiro)