domingo, 25 de novembro de 2012

A vida sob o olhar de um pingo d'água

No dia 1º de dezembro, meu amigo Vicente Amaral vem a Divinópolis lançar seu livro Pingo D’Água, pela Gulliver Editora.
A manhã de autógrafos acontece na Boutique do Livro, no sábado, a partir das 10 horas, durante a Hora do Conto, com participação de outro artista contador de histórias, Juvenal Bernardes.
Vou lá dar um abraço em Vicente, saudar sua estreia literária, desejar sorte e coisa e tal.
Quanto ao Pingo D’Água, é uma história singela, dessas que caem sutis como orvalho, deixam o olhar encantado, a alma serena de uma simplicidade tão óbvia como o espelho da vida.  
As ilustrações do livro, feitas pelo autor, levam a enxergar o mundo sob a ótica de uma gota d’água, como se estivesse dentro dela. Uma visão que vai se definindo, ao mesmo tempo em que vai se clareando, para Pingo – e o leitor, portanto – a razão de sua queda, o sentido da vida que nele palpita.
Tudo com muita leveza, como são as coisas simples da vida, das quais brotam as pequenas, grandes verdades. 

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Estamos "devoluindo"?

Humanos estão perdendo a capacidade intelectual e emocional
Há quem pense que as novas gerações estão mais estúpidas do que nunca. Embora seja difícil dizer com certeza se estamos mesmo ficando menos inteligentes, uma nova teoria, bastante controversa, afirma que os humanos estão vagarosamente, mas definitivamente perdendo capacidades intelectuais e emocionais.
Dr. Gerald Crabtree, da Universidade Stanford (EUA), baseou sua teoria no fato de que a inteligência “superior” humana (em relação a outros animais) foi resultado de uma enorme pressão evolutiva. A inteligência e comportamento humanos exigem, portanto, o funcionamento ideal de um grande número de genes.
Essa complicada rede de genes que supostamente nos dá a grande vantagem em relação a outros seres vivos é suscetível de mutações que, sem a manutenção de uma enorme pressão evolutiva, tendem a nos “emburrecer”.
Crabtree acredita que o desenvolvimento de nossas capacidades intelectuais e a otimização de milhares de genes de inteligência provavelmente ocorreram em grupos dispersos de povos, antes de nossos ancestrais surgirem na África.
Nessa época, a inteligência era crítica para a sobrevivência, por isso uma imensa pressão agindo sobre os genes necessários para o desenvolvimento intelectual levou a um pico da inteligência humana.
A teoria de Crabtree é que, a partir desse ponto, a inteligência humana provavelmente começou a lentamente perder terreno.
Depois da agricultura e, consequentemente, da urbanização, passou a haver menos seleção natural para os “mais inteligentes”.
Com base em cálculos da frequência com que mutações prejudiciais aparecem no genoma humano e no pressuposto de que 2.000 a 5.000 genes são necessários para sustentar nossa alta capacidade intelectual, Crabtree estima que dentro de 3.000 anos (cerca de 120 gerações) todos nós teremos sofrido duas ou mais mutações prejudiciais para a nossa estabilidade intelectual ou emocional.
Crabtree argumenta que a combinação de uma menor pressão seletiva e um grande número de genes facilmente afetados por mutações está “corroendo” nossas capacidades intelectuais e emocionais.
Porém, ele também argumenta que essa perda de inteligência é muito lenta e, a julgar pelo ritmo acelerado de descoberta e avanço da nossa sociedade moderna, tecnologias futuras poderão apresentar soluções para o problema.
“Acho que chegaremos a compreender cada uma das milhões de mutações humanas que possam comprometer nossa função intelectual, e como cada uma delas interage com umas as outras e com demais processos, bem como suas influências ambientais”, diz. “Então, seremos capazes de corrigir qualquer mutação no nosso organismo, em qualquer estágio de desenvolvimento. O processo brutal da seleção natural será desnecessário”, opina.