segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O padre e o político

Certo padre recebia um jantar de despedida pelos 25 anos de trabalho ininterrupto à frente de uma paróquia.

Um político da região, membro da comunidade, foi convidado para entregar o presente e proferir um discurso.

O político estava demorando a chegar. O sacerdote, então, decidiu proferir umas palavras:

“– A primeira impressão que tive da paróquia foi com a primeira confissão que ouvi.

Pensei que o bispo me tinha enviado a um lugar terrível, pois a primeira pessoa que se confessou disse que tinha roubado uma televisão; roubado dinheiro aos seus pais; que tinha desviado fundos da empresa onde trabalhava, além de ter aventuras amorosas com a esposa do chefe; que em outras ocasiões se dedicava ao tráfico e venda de drogas; e ainda confessou que tinha transmitido uma doença à própria irmã.

Fiquei assustadíssimo… Mas com o passar do tempo, entretanto, fui conhecendo mais gente que em nada se parecia com aquele homem… Inclusive vivi a realidade de uma paróquia cheia de gente responsável, com valores, comprometida com a sua fé. E desta maneira tenho vivido os 25 anos mais maravilhosos do meu sacerdócio”.

Foi então que nesse momento chegou o político, e foi lhe dada a palavra para que entregasse o presente da comunidade, prestando a homenagem ao padre.

Pediu desculpas pelo atraso e começou o discurso dizendo:

“– Nunca vou esquecer do dia em que o padre chegou à nossa paróquia… Tive a honra de ser o primeiro a me confessar a ele…”

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