sábado, 22 de janeiro de 2011

A conta da farra

Um novo recorde.
Chegam a R$ 80 milhões os gastos sigilosos do governo feito com cartões corporativos.
Tudo isso em meio ao caos das chuvas, ao drama dos mortos e desabrigados, às denúncias de desvios no programa Minha Casa, Minha Vida, ao fiasco do Enem, à alta sorrateira da inflação e ao aumento acintoso dos salários dos parlamentares.
É dinheiro gasto sem que o contribuinte – que paga a conta – saiba onde foi parar.
Desde que foi implantado, em agosto de 2001, os gastos com o cartão já atingiram R$ 357,6 milhões. Quem mais utilizou os cartões ao longo dos últimos nove anos? A Presidência da República. Só em 2007 foram R$ 58,7 milhões, o equivalente a quatro mil moradias populares.
As despesas não podem ser discriminadas por serem “informações protegidas por sigilo, para garantia da segurança da sociedade e do Estado”.
Resta saber onde está essa “segurança da sociedade”. Já por parte do governo se vê a farra mais do que garantida pelo “sigilo”.
O aumento com as despesas foi de 66% em relação aos milhões consumidos em 2009, de acordo com dados da ONG Contas Abertas. Confira aqui.

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