quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A vida de um santo


Ficou fora do Oscar 2011 o fiasco “Lula, o filho do Brasil”.
Surpresa? Nenhuminha, neo.
Sites americanos especializados em cinema já davam como bola fora, desde a controversa indicação ao Oscar na categoria de melhor filme estrangeiro.
Não é nem de longe produção de cinema brasileiro comparável aos ótimos É Proibido Fumar, de Anna Muylaert, e Bróder, do diretor Jeferson, ganhador do Festival de Gramado em 2010. É uma decepção crítica e comercial desde o lançamento.
Frustrada, portanto, a propaganda eleitoral mais cara nunca antes produzida na história deste país, feita de encômio à promoção da publicidade internacional de Lula e do partido que ele encarna.
Propaganda feita com socos de sentimentalismo piegas na boca do estômago. 
Financiada com dinheiro de empresas com negócios – portanto, com interesses no governo Lula.
Fiada na crença de que os membros da Academia de Cinema votam com as tripas apenas em películas de apelo emocional e mensagem de superação e auto-ajuda do tipo “only in America”.
Para os conhecedores da arte, aquilo nem é uma cinebiografia. 
É um “hagiopic”.
Hagiológico é uma obra sobre a vida de um santo.
O filme de Lula é um hagiológico.

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