Muitos se lembram, não dá
para esquecer.
Tantos – e não são poucos –
fingem que se esqueceram.
Outros, com certeza, são os milhares de brasileiros que desconhecem os fatos. Estes, talvez sem saber exatamente
do que se trata, até já ouviram falar de inflação.
Há 18 anos, ela infernizava
a vida de todos com o aumento generalizado e contínuo dos preços, com a desvalorização
da moeda por conta da má administração da economia.
Os mais jovens, que hoje
convivem com a moeda brasileira, o Real, certamente não têm noção do que isso
significa para todos que, há 18 anos, viram nascer o único programa da história
da República Nacional que funciona. O único que não só botou no eixo a economia
e combateu a hiperinflação, como garantiu ao Brasil condições de se desenvolver
e consolidar as bases da estabilidade de que hoje o país desfruta.
Em julho de 1994, a
inflação batia à casa dos 50% ao mês. A alta incontida dos preços destroçava o
poder de compra da população.
Itamar Franco era o presidente. Assumiu após o fiasco do governo de Fernando Collor de Mello, que renunciou
ao cargo para safar-se de um impeachment por crimes de responsabilidade em meio
a um tsunami de denúncias por corrupção trazidas a público pelo próprio irmão
dele, Pedro Collor. O clima era de recessão, desemprego, descrença generalizada nas instituições.
Ministro da Fazenda do
governo Itamar, Fernando Henrique Cardoso, com o apoio de uma equipe de
economistas, idealizou o projeto e implantou as reformas econômicas e
monetárias, o chamado Plano Real. Antes, o Brasil amargou o fracasso de
sucessivos planos contra uma inflação renitente, que de 1965 até 1994 acumulou 16
dígitos: 1.142.332.741.811.850% – um percentual comparável ao da Alemanha
em 1920, quando aquele país teve sua moeda e sua economia destruídas.
Melhor seria nem lembrar, mas
dá para imaginar os efeitos disso na vida de um assalariado.
Mas o Plano Real vingou e ainda sobreviveu a
três grandes crises mundiais que não foram nenhuma marolinha não: a Crise do
México (1995), a Crise Asiática (1997-1998) e a Crise da Rússia (1998).
Apesar de tudo, Lula Inácio
da Silva & Cia do PT foram os maiores opositores do Real. Votaram contra, apostaram na instabilidade e no fracasso, publicamente deturparam todas as medidas de salvação da economia e de
recuperação do crescimento do país.
Já na presidência, durante oito
anos Lula mentiu descaradamente, disse que recebeu uma herança maldita. Ao
contrário, herdou um país com inflação controlada por medidas saneadoras, de
efeito duradouro. Elas permitiram arrumar a casa e condicionaram a prosperidade
econômica que elevou o Brasil ao posto de 6ª economia mundial.
Os fatos são recentes, embora a fuzarca nacional conspire
por confirmar aquela tese do jornalista Ivan Lessa: há cada quinze anos o
Brasil esquece os últimos quinze anos.
Mas a história do Real é real. Tudo documentado
em texto, imagem, cor e som. Na memória de quem viu e viveu.
Ainda que, contra a boa-fé dos que realmente não a conhecem,
os voluntariamente esquecidos e os desonestamente desmemoriados insistam em não
reconhecer o feito. Ou encobri-lo e desmerecê-lo, como faz o velhaco Lula Inácio sob o testemunho
das câmeras no vídeo abaixo.
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