sábado, 29 de janeiro de 2011

Dos contos do reino


E deu-se por achar El-Rey morto e posto.
Mas vivinho da silva, plenipotenciário, semideus quase.
Repetido e enviesado nos trejeitos e nas trapizongas de sua sucessora, a Rainha de Jabá, cujo temperamento perceptivelmente depende de fatores variáveis como o desenho das nuvens no céu, a direção e a cor do vento ou uma coceira no fiofó.  
A Rainha de Jabá anda em passo de bugio e ronca em tom de vanerão.
É feia pra dedéu, mastiga de boca aberta, é chata, boba, peidorrenta.
Passa a maior parte do tempo coçando o saco.
Quando fala, se fala, pouco ou nada diz.
E todos se perguntam “ahn... o quê?”
Mas a rainha promete...
As crianças do reino, bem longe dela, claro, a imitam: fazem caretas, sacodem o traseiro e dizem aquelas palavrinhas mágicas que fariam tia Dercy virar o cu na cova.
Enquanto isso, o povo – ah, o povo, esse detalhe soberano...
...o povo vai se havendo com suas ínguas e mínguas.

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