sexta-feira, 6 de julho de 2012

Bolso de tonto tem outro dono

Não tem nada de marolinha a crise que desde 2008 vem fazendo água nos cascos da economia global. No País das Maravilhas Fajutas da era Lula, o governo Dilma Rousseff decretou uma redução mixa dos juros bancários e baixou impostos de produtos industrializados. Isto é, baixou os impostos de alguns produtos, mas, para compensar, aumentou de outros mais consumidos como refrigerante e cerveja.
Foi esta a “resposta” à crise, o que até pode tê-la amenizado em alguns setores, mas de resto não se tem agenda nem projeto para melhorar a economia (não é verdade, senhores lojistas?). Se tem, cadê? Falta ânimo ou competência, embora Dilma Rousseff – nas más companhias de Hugo Chávez, o beiçudo de Caracas, e da bipolar Cristina Kirchner –, ao invés de cuidar da própria casa, não poupe esforço, tempo e energia para se meter em negócios paraguaios.
Até agora a presidente, seguindo a irresponsável cartilha do patrono Lula Inácio – de quem ela, sim, recebeu uma herança maldita (basta ver, por mau exemplo, o post logo abaixo) –, só estimulou o aumento do consumo com endividamento das famílias. A inadimplência é alta e continua só aumentando. O modelo de crescimento baseado em consumo está esgotado, o Ipea falou, o Ipea avisou.
A crise bate à porta das indústrias e não são poucos os setores ameaçados, sem perspectiva de retomada.  
Enquanto isso, não cessa a orgia com os gastos públicos, com as obras emperradas e superfaturadas do PAC, como a transposição do rio São Francisco, a Ferrovia Norte-Sul, a Usina de Belo Monte e aqueloutras da Copa da Roubalheira de 2014.
Os sindicatos acumpliciados mantêm dentro do saco a violinha desafinada com os interesses dos trabalhadores que fingem representar.
Os partidos aliados do governo, com a proximidade das eleições municipais, seguem naquela de olho no peixe com a mão do gato. O Congresso, leniente, mas com apetite predador, com certeza prepara alguma bomba que mais cedo ou mais cedo ainda vai explodir no lugar de sempre: nos costados dos contribuintes.
O empresariado e as elites financeiras? Não fazem senão repetir o mantra da reforma tributária e trabalhista, muito mais ocupados com as benesses que daí possam extrair do que com um projeto real de desenvolvimento. 
Tudo junto e misturado no caudal da pasmaceira e do desfalque, os remendos putativos da política só engrossam a fórmula da mega-vaselina. Não entendeu? Tire o seu da reta, porque bolso de tonto tem outro dono. Gaste só o necessário, reduza despesas, evite dívidas a longo prazo, corte cartões de crédito. Pechinche. Finja-se de morto. Mas poupe o seu dinheiro.

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