Assisti ao debate dos prefeitáveis
de Divinópolis, na TV Candidés, na quinta-feira (20).
Tudo muito mais chocho do
que o esperado.
Goro, sem suco nem miolo.
Sem contundência, força ou
vigor para provocar o eleitor, demudar opinião, voto, intenção ou evocar
esperança.
A oposicinha tentou, mas
não mijou no poste. Não marcou para valer o terreno nem conseguiu fazer tábula
rasa do manjado coitadismo do tucano prefeito Vladimir Azevedo, visivelmente mais
preocupado em destilar auto-elogios a uma gestão medíocre, tocada à buliçosa
caiação sob o coro das “belas” violas publicitárias. Tudo anêmico, o
recandidato só evidenciou a dificuldade de se colocar para o bem comum sem
colar o próprio ego ao protagonismo ou à necessidade de aplauso. A memória
recomenda e o ditado é antigo: elogio em boca própria é vitupério.
Mas, na atmosfera de
ladeira abaixo, deu para reforçar algumas convicções:
1 – a forma de se fazer
alguma coisa é mais importante que o resultado. O resultado, em parte, é
consequência da forma e até aí o debate não trouxe novidade alguma. Na política
local, nada de novo sob o sol, senão a reprise das velhas fórmulas: a
comodidade de querer dizer coisas novas sem conciliar antigas verdades;
2 – quando se pensa nas
coligações, quantas e maiores forem, fica patente que há por trás muito mais
interesses do que gente interessada;
3 – continuísmo não
significa avanço, caminhar para frente. Pode ser apenas a acumulação de mesmos,
outros erros. A contrapartida das críticas às administrações anteriores é [deveria ser] óbvia: é preciso fazer
diferente e muito melhor do aquilo que foi criticado, pôr em prática tudo o que
se promete(u) e este não é o caso da atual gestão. Por aí, basta a mentira de que a UPA da Ponte Funda está funcionando;
4 – certas ideias têm verniz de renovação, mas são conservadorismo do pior tipo: pretende-se
apenas substituir as coisas más que existem por outras piores ainda. Proclamar
Trabalho e Honestidade ou Ficha Limpa não impõe nenhuma vantagem competitiva. É
[deveria ser] o pressuposto mínimo de
obrigação moral, para todo e qualquer candidato;
5 – uma coisa só é
realmente nova quando satisfaz à legitimidade de uma pretensão antiga. Algo que
se traduz em um aspecto elementar que é, por exemplo, o respeito aos impostos
pagos pelo contribuinte, como no caso do IPTU. Mais do que respeito, compaixão pelo dinheiro do contribuinte. Quando olho a rua da casa, do
bairro onde moro, concluo sem ressalvas: a cara da rua é o focinho da prefeitura
e o que vejo é uma lambança. Onde a prefeitura negligencia, o abandono tripudia,
o mau exemplo impera e deseduca a população;
6 – as alegações de paternidade
das obras públicas apenas denunciam o paternalismo enrustido, egotista, prática das
mais caducas que subestima o eleitor. As obras públicas ao povo pertencem, porque
o povo é quem paga – e caro – por elas. Mas os discursos só reprisam que o
povo, que nem casca de ovo, está sempre por fora.
Somadas e subtraídas as
nulidades aos interesses das partes e partidos, alguma intenção reconhecível, ensaiada
ou escapulida na (auto)defesa abstrata de algum princípio, ideologia, promessa
ou proposta até (porque alguma, vá lá, emerge da geleia geral), o debate foi proveitoso.
Inclusive para confirmar: Faça um político e seus correligionários trabalharem,
não os reeleja!
E não reeleja pela razão de
que certas poltronas, se não corrompem, acomodam e amolecem aqueles que já se
folgam achando-se donos das poltronas, embora apenas transitoriamente as ocupem.
No mais, exceto os
péssimos, todos os candidatos são ótimos.
Ruim sou eu, eleitor, que
não mereço tanta bondade.
E nada tenho a defender,
senão a liberdade de consciência que até trocaria de bom grado por um voto ou alguma
nova convicção. Se a vislumbrasse no horizonte.
Isso sem contar os atrasos em pagamentos dos fornecedores.
ResponderExcluirOlá, Juarez, bom domingo, querido. 1.Só p dizer q foi lindo lá no Centro de Artes e sua fala foi... foi... de uma beleza... sabe o real belo? Foi lindo e mexeu comigo; 2. por falar em Colégio Santo Antônio, q vc citou lá no dia por estarem adotando o NINAUÁ, vc acompanhou q chapéu q os meninos do grêmio de lá deram diante da calhordice de Márcio Lacerda e equipe?
ResponderExcluirSara
Obrigado, Sara! Vi sim, o chapéu dos alunos do Sto. Antônio. O link, para quem quiser ver, vai aí:
Excluirhttp://www.colegiosantoantonio.com.br/comunicados/pt-br/ler/504/nota-oficial-sobre-o-debate-dos-candidatos-a-prefeito
Se a moda pega em meio à juventude, hein? Ah, se a moda pega!...